A mostra fica no piso superior do Shopping Iguatemi Rio Preto até 12 de abril, com livre visitação.

Rita Fernandes
Publicado em 15/03/2022 às 20:24
Atualizado em 16/03/2022 às 09:44

O Espaço Cultural Iguatemi recebe nesta quarta-feira, 16, a exposição “Passando por 22”, com 24 obras de artistas locais, que dialogam com o centenário da Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo em 1922. A mostra fica no piso superior do Shopping Iguatemi Rio Preto até 12 de abril, com livre visitação.

A exposição tem curadoria de Kedson Barbero e Vinicius Savério, arquitetos e urbanistas, designers e sócios da Galeria Arte Gerida Marchands Associados. A galeria é idealizadora do projeto que homenageia o centenário da semana liderada por grandes artistas, intelectuais e personalidades da época com o objetivo de romper com os padrões estéticos impostos desde o Renascimento.

A mostra “Passando por 22”, que faz parte do ciclo de exposições “2 ponto 2”, conta com trabalhos feitos a partir de diversas técnicas, como acrílico sobre tela, acrílico sobre lona, mista, cerâmica e metal, dos artistas Alain Monteiro, Pi Zampieri, Beto Carrazzone, Romildo Cardozo, Danila Pinheiro, Hestia Tenfuss, Regina Cheida, Virgilio Zanqueta, Sandra Antunes, Norma Vilar, Thadeu Guerra e Regiane Spolon.

Exposição tem trabalhos feitos a partir de diversas técnicas, como acrílico sobre tela, acrílico sobre lona, mista, cerâmica e metal (Divulgação)

Cada artista traz sua personalidade e característica, como cor, forma e cotidiano da brasilidade. E, juntos, promovem uma verdadeira viagem pelo tempo, para um passado não muito distante, valorizando os ritos, hábitos, técnicas e criatividade.

A artista plástica Norma Vilar apresenta as obras “Lugares Áridos” e “Plano de Fundo”, inspiradas nos trabalhos de Tarsila do Amaral. “O diálogo com a Semana de 22 acontece por meio do cacto, que é um tema recorrente no trabalho da Tarsila do Amaral”, afirma Norma Vilar. “A partir de fotos, fiz a minha leitura, levando a minha identidade artística para esses trabalhos”, afirma.

Já a artista Regiane Spolon apresenta um trio de esculturas em cerâmicas, da coleção de folhas secas. “Como é uma homenagem à Semana de 22, que teve como principal característica a ruptura dos padrões da época e valorização daquilo que era nacional, esses trabalhos conversam com essa temática quando se voltam para a natureza brasileira, o bioma brasileiro e essa ruptura do que é formal”, explica. “Eu trago essas semi esculturas de parede, que são obras de arte que tanto podem ser penduradas quanto ficar apoiadas sobre o móvel. Elas têm essa dupla funcionalidade e se inspiram na natureza. Além disso, as folhas já cumpriram o seu papel na natureza, pois já secaram”, observa.

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